A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (29) a introdução de medicamentos para o tratamento do câncer com radioterapia, os chamados radiofármacos. Esses medicamentos também são usados para exames de diagnóstico por imagem. A licença da Anvisa é temporária e excepcional.
De acordo com a agência, órgãos da área de medicina nuclear informaram que a imagem é de iminente desastre sanitário, com risco de falta de produtos para dar continuidade ao diagnóstico e tratamento no país. “O cenário é estranho e assustador porque muitas vezes as pessoas precisam desses produtos para sobreviver”, disse o presidente da Anvisa, Alex Campos.
No início de setembro, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) notificou os serviços de medicina nuclear da suspensão temporária da produção de diversos produtos, motivada por problemas logísticos e financeiros.
De acordo com a avaliação, a falta desses produtos pode afetar diretamente o diagnóstico de doença coronariana, major causa de morte no Brasil. o diagnóstico e tratamento de vários tipos de câncer, segunda causa de morte no país, e o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, com incidência significativamente aumentada durante a pandemia covid-19, entre outras condições clínicas.
De acordo com o serviço, o importador deve assegurar que são fornecidas orientações para a utilização, manutenção, manuseamento e distribuição aos profissionais de saúde portugueses. Além disso, o importador deve avaliar o domínio de temperatura no transporte dos produtos importados.
A unidade de saúde receptora da internação será responsável pela rastreabilidade do uso dos produtos importados até a sua administração ao paciente, além da avaliação do benefício-risco do uso do radiofármaco para seus pacientes.
Bonfim Notícias
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